domingo, 20 de novembro de 2011
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
domingo, 13 de março de 2011
Por EVT porque é preciso......
“ No meio da crise sócio – económica e do cinzentismo emocional instalado no País há vários meses, eis que o Relatório PISA, recentemente publicado, trouxe algumas boas evidências para Portugal. E a melhor de todas, a que considero verdadeiramente paradigmática, foi omitida pela maioria dos órgãos de comunicação social. Mais de 90% dos alunos portugueses afirmaram ter uma imagem positiva dos seus professores! O relatório conclui que os professores portugueses são os que têm a imagem mais positiva de entre os docentes dos 33 países da OCDE, tendo desde 2006 aumentado 10 pontos percentuais! O mesmo relatório conclui que os professores portugueses estão sempre disponíveis para as ajudas extras aos alunos e que mantêm com eles excelente relacionamento.
Estas evidências são altamente abonatórias para os professores portugueses. E deveriam ter sido amplamente divulgadas pelos órgãos de comunicação social (e pelos habituais fazedores de opinião luxuosamente remunerados que escrevem para os jornais ou são comentadores na rádio e na televisão) que ostensivamente consideram os professores do ensino básico e secundário como uma classe pouco profissional, com imensos privilégios e luxuosas remunerações….
Uma classe profissional que deveria ser acarinhada e apoiada por todos, que deveria ter direito às melhores condições de trabalho (salas de aula, equipamento, formação, etc), e que tem sido maltratada pelo poder político e, pior todos aqueles, que tinham o dever de estar suficientemente informados para produzirem uma opinião isenta para os demais membros da comunidade.
Ao conjunto destas evidências acresce uma outra, onde o papel dos professores é determinante: a inclusão. O relatório revela-nos que Portugal é o sexto país da OCDE cujo sistema educativo melhor compensa as assimetrias socioeconómicas! E ainda refere que o nosso país tem a maior percentagem de alunos carenciados com excelentes níveis de desempenho em leitura. “
Então, o Ministério da Educação de Portugal, prepara-se para despedir no próximo ano lectivo cerca de, 40.000 professores onde cerca de 7.000 são de Educação Visual e Tecnológica. Se esta medida for avante, este será o último ano em que os "NOSSOS FILHOS/AS" deixaram de fazer TRABALHOS PRÁTICOS e por conseguinte aprender da forma "SABER, SABER FAZER". Se algum professor se “aventurar” a esta metodologia, dentro da sala de aula, com 30 alunos com martelos, serrotes, berbequins, e outras mais ferramentas na mão e, apenas com a supervisão de um só docente, os acidentes vão acontecer e os Encarregados de Educação, legitimamente vão pedir satisfações.
O próprio CNE (Conselho Nacional de Educação) dá o seu parecer alertando para os malefícios destas medidas, que este Governo se prepara para contextualizar e implementar, elas são altamente prejudiciais do ponto de vista didáctico e pedagógico para o nosso sistema educativo. As alterações que em diversas ocasiões foram introduzidas na Lei de Bases do Sistema Educativo, desde que este foi publicado em 1986, foram sempre de carácter didáctico/pedagógico, na opinião do CNE, estas últimas são unicamente economicistas, não com o intuito de melhorar o currículo dos nossos alunos ou a melhoria do nosso sistema de ensino.
Assim não pode ser!